Moradores do Sítio Cercado sofrem com a falta d'água há três dias. Sanepar afirma que tubos seguem normas da ABNT
06/11/2011 | 12:15 | Felippe Anibal atualizado em 06/11/2011 às 16:28 O dano foi detectado no início na manhã de sexta-feira, no trecho entre a Rua Nova Cantu e a Estrada do Ganchinho. Equipes da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) fizeram a troca do tubo que apresentava vazamento, mas, pouco depois, outro ponto da tubulação se rompeu. “Quando a gente saiu para trabalhar, vimos que estava tudo alagado ali”, disse o auxiliar de qualidade Marcelo Henrique, que mora ao lado do local.
Segundo moradores, técnicos da Sanepar informaram que o ponto afetado se encontra em um declive, que não estaria suportando a pressão da água. Desde sexta-feira, a companhia ainda não conseguiu solucionar o problema. Na tarde deste domingo (6), equipes trabalhavam para trocar 43 metros de tubulação. Mais de 500 metros cúbicos de terra foram removidos. Dezenas de operários e quatro máquinas de grande porte (duas retroescavadeiras e dois tratores) trabalhavam para tentar resolver as falhas.
O rompimento fez com que moradores tivessem que conviver com o racionamento ou a falta de água. Na casa do pastor Fernando Fernandes, não tem caixa d’água. Por isso, desde a manhã de sexta-feira, ele, a mulher e os dois filhos pequenos sofrem as consequências. “Ontem eu fiquei sem tomar banho. Na pia da cozinha, há uma pilha de louça suja. Está chegando num ponto limite”, reclama.
Problema recorrente
A adutora que estourou liga a estação de tratamento do Arujá, em São José dos Pinhais, região metropolitana, ao reservatório do Tatuquara, na capital. De lá, a água é distribuída a bairros da região. Por isso, além do Sítio Cercado, Campo Santana, Caximba, Cidade Industrial, Ganchinho, Pinheirinho, Tatuquara e Umbará também tiveram o abastecimento afetados.
Os moradores reclamam que nos dois anos anteriores – 2009 e 2010 – a mesma tubulação se rompeu, causando transtornos semelhantes. “Eu não sei se é a qualidade dos tubos que não é boa. Mas todo ano é isso”, diz Marcelo Henrique.
O gerente-geral da Sanepar para Curitiba e região metropolitana, Celso Thomaz, disse que o material das tubulações seguem as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Thomaz disse que ainda não é possível afirmar qual foi a causa dos sucessivos rompimentos de tubulação na área. Ele informou que os tubos substituídos vão ser analisados pela Sanepar, para que a companhia saiba o que provocou o estrago. “Aí poderemos saber se foi por alguma causa externa, se foi por causa do material, ou se foi por algum deslocamento interno”, disse.
A previsão da Sanepar é de que o problema esteja solucionado até as 19 horas. A normalização do abastecimento está prevista para a meia noite de domingo para segunda-feira (7). A orientação é que os moradores desses bairros reduzam o consumo enquanto o abastecimento não estiver normalizado. Para tirar dúvidas dos usuários, a companhia disponibiliza o telefone 115.