Um navio de cruzeiro que levava mais de 4.000 pessoas naufragou na noite desta sexta-feira na costa da Itália.
Inicialmente as autoridades locais divulgaram que pelo menos 6 pessoas haviam morrido, mas até a manhã deste sábado, somente três corpos haviam sido resgatados.
O navio Costa Concordia bateu num banco de areia próximo à ilha de Giglio e já havia inclinado cerca de 20 graus quando as pessoas começaram a deixar a embarcação em botes salva-vidas ou nadando.
Equipes de resgate estão fazendo buscas de cabine em cabine em busca de possíveis sobreviventes.
O navio levava cerca de 3.200 passageiros, principalmente italianos, alemães, franceses e britânicos, além de cerca de mil funcionários.
Helicópteros foram usados para retirar ao menos 50 pessoas que se refugiaram no deck do navio e se encontravam em situação delicada.
Estrondo
O Costa Concordia havia deixado o porto de Civitavecchia, perto de Roma, na sexta-feira para um cruzeiro pelo Mediterrâneo, que deveria terminar em Marselha, na França, após passar por portos da Sicília, da Sardenha e da Espanha.
Um passageiro, identificado como Luciano Castro, relatou à agência de notícias italiana Ansa que estava jantando na sexta-feira quando ouviu um grande estrondo, após o qual o navio começou a sofrer com problemas elétricos.
Outra passageira, Mara Parmegiani, afirmou à mídia italiana que houve 'cenas de pânico' no navio.
'Estávamos muito assustados e congelando, porque aconteceu durante o jantar, então ninguém teve tempo de tomar mais roupas. Eles nos deram cobertores, mas não havia em quantidade suficiente', disse.
Dificuldades

Jornalista brasileira conta momentos
de terror em navio naufragado na Itália

A jornalista goiana Alana Rizzo estava a bordo do navio transatlântico Costa Concordia, que encalhou e naufragou na noite desta sexta-feira (13) nas imediações da pequena ilha italiana de Giglio, situada em águas da Toscana, na Itália. A brasileira contou aos familiares no Brasil os momentos de terror que viveu a bordo da embarcação.
Alana estava com a mãe e o padrasto no navio como parte da viagem de férias que fazem à Itália. A família estava entre as 4.200 pessoas a bordo no momento do acidente, das quais pelo menos três morreram e 15 ficaram feridas, segundo as autoridades italianas. No início, havia informação de que ao menos seis pessoas haviam morrido.
Por mensagem de texto, Alana conseguiu avisar a família em Brasília que todos estavam bem, mas precisou desligar o celular porque ficou sem bateria. Todos os pertences da família foram perdidos, inclusive os passaportes. Ainda de acordo com a jornalista, cerca de 40 brasileiros estavam a bordo do navio.
Após encalhar, segundo a brasileira, o transatlântico afundou “como o Titanic”, em alusão ao famoso navio que naufragou no oceano Atlântico após se chocar com um iceberg, em 1912, e que teve a sua história retratada em 1997 em um filme homônimo, dirigido por James Cameron e estrelado por Leonardo Di Caprio e Kate Winslet.
Mais de 4.000 pessoas estavam em navio
O navio Costa Concordia partiu da cidade italiana de Savona para empreender um cruzeiro pelo Mediterrâneo, com previsão de passar por outras três cidades da Itália, além de Barcelona (Espanha) e Marselha (França), antes de retornar a Savona. Entre as pessoas a bordo estão 1.000 italianos, 500 alemães e cerca de 160 franceses, além disso de outros 1.000 membros da tripulação.
Por volta das 21h30 locais (18h30 de Brasília), duas horas após sair de Civitavecchi, a embarcação se encontrava nas cercanias da ilha de Giglio quando a luz apagou e pôde ser sentida uma grande colisão, relataram os náufragos à imprensa italiana.
Após o choque, os passageiros foram advertidos pelo capitão de que se tratava de um problema elétrico, mas logo o navio começou a inclinar e todos a bordo colocaram os coletes salva-vidas e se postaram perto das lanchas de emergência.
Quando as pessoas perceberam que não se tratava de um problema elétrico e que estava entrando água na embarcação, houve momentos de pânico e muitos empurrões no momento de realizar o embarque nos botes salva-vidas e nas lanchas dos bombeiros de Civitavecchia e Livorno.
A companhia Costa Crociere, proprietária do cruzeiro Costa Concordia, assegurou que ainda "não é possível definir a causa do problema ocorrido".
Fonte...R 7 Notícias.