Exame deve ser feito anualmente e consegue identificar tumores menores que um centímetro, quando a possibilidade de cura salta para 95%
“Esse é o único método que resultou em uma redução efetiva no número de óbitos por câncer de mama. Pesquisas internacionais mostram uma diminuição de até 30% nas chances de morte pela doença em mulheres que fazem a mamografia pelo menos anualmente”, explica a coordenadora do serviço de Radiologia da Mulher do Diagnóstico Avançado Por Imagem (Dapi) da Comissão Nacional de Mama do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR), Linei Urban.
Mitos
Veja o que é verdade ou não quando o assunto é mamografia:
A radiação liberada pelo exame é perigosa e pode causar câncer.
Mito. A radiação usada na mamografia é muito baixa e não causa problemas. Para se ter uma ideia, ela não passa de 1,5 milirem, enquanto a dosagem máxima permitida, sem oferecer riscos à saúde, é de 3 milirem.
Mulheres com silicone nos seios não podem fazer mamografia.
Mito. Elas podem fazer o exame, mas é bom avisar o profissional sobre a cirurgia para que ele faça manobras específicas na hora da compressão da mama. E não é preciso se preocupar: ter silicone não faz com que o exame doa mais que o normal. Também não há risco de o implante se romper durante o procedimento.
Não é indicado usar desodorantes e cremes na região das mamas e da axila no dia do exame.
Verdade. Alguns produtos, principalmente desodorantes antitranspirantes, têm partículas que “brilham” durante o exame, o que confunde a visualização das imagens e pode encobrir lesões.
Mulheres grávidas não podem fazer mamografia.
Mito. Mulheres em qualquer período da gestação podem fazer o exame, mas devem alertar o médico para que sejam feitas técnicas de preservação do feto. Mesmo em casos de atraso menstrual – com possibilidade de gravidez –, o médico precisa ser avisado.
Modelos
A radiação liberada pelo exame é perigosa e pode causar câncer.
Mito. A radiação usada na mamografia é muito baixa e não causa problemas. Para se ter uma ideia, ela não passa de 1,5 milirem, enquanto a dosagem máxima permitida, sem oferecer riscos à saúde, é de 3 milirem.
Mulheres com silicone nos seios não podem fazer mamografia.
Mito. Elas podem fazer o exame, mas é bom avisar o profissional sobre a cirurgia para que ele faça manobras específicas na hora da compressão da mama. E não é preciso se preocupar: ter silicone não faz com que o exame doa mais que o normal. Também não há risco de o implante se romper durante o procedimento.
Não é indicado usar desodorantes e cremes na região das mamas e da axila no dia do exame.
Verdade. Alguns produtos, principalmente desodorantes antitranspirantes, têm partículas que “brilham” durante o exame, o que confunde a visualização das imagens e pode encobrir lesões.
Mulheres grávidas não podem fazer mamografia.
Mito. Mulheres em qualquer período da gestação podem fazer o exame, mas devem alertar o médico para que sejam feitas técnicas de preservação do feto. Mesmo em casos de atraso menstrual – com possibilidade de gravidez –, o médico precisa ser avisado.
Modelos
Conheça os três principais tipos de mamografia à disposição em clínicas e hospitais:
Mamografia convencional
Próximo à área onde a mama é comprimida, há um filme que registra uma imagem do formato do seio e suas estruturas internas, da maneira semelhante a raios-X. Finalizado o exame, o filme é revelado, o que rende as chapas com os resultados. Se precisar ampliar ou clarear a imagem, é necessário tirar novas impressões.
Mamografia digital
Nela, as imagens das estruturas internas da mama são transmitidas de maneira digital para um computador e o profissional acompanha a visualização em um monitor, podendo arquivar, ampliar e clarear a imagem, além de transmiti-las para outros computadores. Esse método é mais eficiente na detecção de tumores em pacientes mais jovens (antes dos 40 anos) e oferece uma visualização melhor que o método tradicional, mas não se engane: a máquina emite uma quantidade de radiação igual à convencional e o método de compressão da mama é semelhante, o que garante o mesmo incômodo durante o exame.
Tomossíntese mamária
Método bastante recente, foi aprovado no ano passado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas ainda existem poucos aparelhos desse tipo à disposição no Brasil. Chamada de mamografia 3D, utilliza o mesmo princípio das demais quanto à compressão da mama, mas, geralmente, a pressão é um pouco mais leve e o exame, menos incômodo. A diferença é que gera de 25 a 60 imagens da mama, em múltiplos ângulos e aproximações, no mesmo tempo e com a mesma dosagem de radiação das outras técnicas. Por oferecer uma qualidade de imagem maior, tem potencial para aumentar a precisão e rapidez do diagnóstico, sendo 15% mais eficiente na detecção precoce de tumores. Por enquanto, é associada à mamografia digital, mas novos estudos tentam verificar a efetividade da tomossíntese como único exame.
Mamografia convencional
Próximo à área onde a mama é comprimida, há um filme que registra uma imagem do formato do seio e suas estruturas internas, da maneira semelhante a raios-X. Finalizado o exame, o filme é revelado, o que rende as chapas com os resultados. Se precisar ampliar ou clarear a imagem, é necessário tirar novas impressões.
Mamografia digital
Nela, as imagens das estruturas internas da mama são transmitidas de maneira digital para um computador e o profissional acompanha a visualização em um monitor, podendo arquivar, ampliar e clarear a imagem, além de transmiti-las para outros computadores. Esse método é mais eficiente na detecção de tumores em pacientes mais jovens (antes dos 40 anos) e oferece uma visualização melhor que o método tradicional, mas não se engane: a máquina emite uma quantidade de radiação igual à convencional e o método de compressão da mama é semelhante, o que garante o mesmo incômodo durante o exame.
Tomossíntese mamária
Método bastante recente, foi aprovado no ano passado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas ainda existem poucos aparelhos desse tipo à disposição no Brasil. Chamada de mamografia 3D, utilliza o mesmo princípio das demais quanto à compressão da mama, mas, geralmente, a pressão é um pouco mais leve e o exame, menos incômodo. A diferença é que gera de 25 a 60 imagens da mama, em múltiplos ângulos e aproximações, no mesmo tempo e com a mesma dosagem de radiação das outras técnicas. Por oferecer uma qualidade de imagem maior, tem potencial para aumentar a precisão e rapidez do diagnóstico, sendo 15% mais eficiente na detecção precoce de tumores. Por enquanto, é associada à mamografia digital, mas novos estudos tentam verificar a efetividade da tomossíntese como único exame.
Para quem foge da mamografia por medo do incômodo, Linei explica que a compressão da mama é necessária. “A intenção é não permitir que a ela se mova, o que prejudica a qualidade das imagens. Além disso, quanto mais plana ficar a mama no aparelho, melhor fica a imagem. Ou seja: se a mamografia não comprime a mama e não incomoda, provavelmente o exame não foi bem feito.”
Algumas dicas ajudam a tornar o momento do exame menos dolorido. “A mulher tem de tentar relaxar e não ficar muito tensa. Outra dica é não fazer o exame nos dias que antecedem a menstruação, mas sempre uma semana depois. Como a maioria sente um inchaço nos seios às vésperas de menstruar, o desconforto aumenta.”
Autoexame
Um erro comum é achar que, por fazer o autoexame regularmente e nunca ter identificado um nódulo, ou não apresentar qualquer sintoma, não é necessário realizar a mamografia todos os anos. “O câncer de mama não dói e a mulher só sente o nódulo quando ele já está grande. Quando a paciente diz que apalpou um tumor, a doença já está instalada e as chances de cura são de apenas 60% a 70%. Por isso, o ideal é não confiar inteiramente no autoexame e nunca abrir mão da mamografia”, diz o médico oncologista do Instituto de Oncologia do Paraná (IOP) e do Hospital Erasto Gaertner João Antônio Guerreiro.
A recomendação é que todas as mulheres façam a mamografia anualmente a partir dos 40 anos. “Se ela tem história da doença na família, deve começar a partir dos 30 e pedir uma ressonância magnética das mamas para que o médico consiga um resultado mais aprofundado”, orienta o médico radiologista Aron Belfer, do CDB Premium.
Guerreiro explica que o histórico só é relevante se a mulher teve três episódios de câncer na família. “Se só a avó teve câncer de mama, a história é fraca e pode ser desconsiderada. Mas se, além da avó, ela tem uma prima com tumor no ovário e uma tia que teve câncer de intestino, aí merece atenção.”
Má distribuição compromete atendimento
Se na Europa a mamografia é apontada como responsável pela diminuição nos números de mortes em decorrência do câncer de mama, por sua capacidade de oferecer diagnósticos precoces, no Brasil o recuo nos índices não é tão perceptível, por uma série de motivos. “Os mamógrafos estão mal distribuídos, não têm a qualidade necessária e algumas regiões do país, como o Norte e o Nordeste, nem sequer contam com aparelhos suficientes”, explica a coordenadora da Comissão Nacional de Mama do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR), Linei Urban.
Outra reclamação, segundo ela, está na falta de qualidade dos serviços oferecidos. “Não adianta só fazer a mamografia. A mulher precisa ter segurança de que o exame tem boa qualidade para confiar nos resultados.”
Controle de qualidade
Para ajudar as pacientes na escolha, o CBR criou um programa de qualidade em mamografia para avaliar e respaldar os serviços oferecidos no Brasil. A iniciativa avaliou a dosagem de radiação, a qualidade da imagem gerada e a qualificação dos profissionais. O resultado, segundo ela, foi assustador. “Somente 10% dos aparelhos obtiveram o selo de qualidade por enquanto.”
Para saber se o exame que você pretende fazer é de boa qualidade, a dica é ficar de olho no selo de qualidade emitido pelo CBR. No site da instituição (www.cbr.org.br) há uma lista com as clínicas que receberam o selo.
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Interatividade:
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