Piadas, fotos e montagens exploraram o resultado do duelo, que sacramentou a queda do Rubro-Negro para a Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro e a perda da vaga do Coxa na Libertadores .
A rivalidade não perdoou o duplo tropeço Alviverde em 2011 na busca de uma vaga no torneio continental 2011 - o time já havia batido na trave na classificação com o vice na Copa do Brasil. Os atleticanos também comparam a postura da torcida no rebaixamento de domingo, com a quebradeira promovida no Estádio Couto Pereira pelo rival quando caiu em 2009.
A resposta dos coxas-brancas foi lembrar do Paratiba, o clássico que restou na Série B em 2012, sugeriu um “novo” modelo de camisa para o tradicional oponente e houve até agradecimento a Papai Noel pelo “presente” de natal antecipado.
Silêncio na segunda
Diretoria atleticana se cala no primeiro dia após a confirmação da queda do clube à Série B. Declarações de técnico no domingo pegaram mal
O primeiro dia após a queda do Atlético para a Segunda Divisão foi de silêncio por parte da diretoria rubro-negra. Todas as explicações ficaram para o final desta semana ou o começo da próxima, quando o presidente Marcos Malucelli fará um balanço da temporada.
Segundo pessoas próximas, o mandatário – que chegou a passar mal após a derrota para o América-MG, em Uberlândia, uma semana antes – no domingo estava conformado com a degola. Afinal, o Furacão dependia de uma combinação de resultados para escapar da Segundona. O lamento ainda recai na derrota para o Coelho, considerado o jogo-chave na derrocada.Durante a segunda-feira, o triunfo no Atletiba acabou sendo um leve analgésico diante da decepção com o rebaixamento.
Já o diretor de futebol Alfredo Ibiapiana, suspenso pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por invadir o gramado no jogo contra o Palmeiras, não pode dar entrevistas. Mas, após cumprir metade da pena de 140 dias, o empresário fez um pedido à corte para que o restante da pena seja convertida em ações sociais, como distribuição de cestas básicas.
Entre os jogadores também poucas palavras de alento à torcida. A maioria nem sequer falou.
Na prática, alguns profissionais deram baixa no Furacão – pois os contratos se encerram no fim do mês (dez, no total). É o caso de cinco que atuaram no clássico: Wagner Diniz, Fabrício, Marcelo Oliveira, Cléber Santana e Wendel. Completam a lista: o goleiro Márcio, o volante Paulo Roberto, o meia Kleberson e os atacantes Rodriguinho e Adaílton.
“Se depender de mim e tiver uma conversa, posso ficar para o ano que vem”, disse o zagueiro Fabrício, no aeroporto, à RPC TV.
Sem o pronunciamento dos dirigentes, restaram as polêmicas. Uma que gerou insatisfação nos bastidores foram as declarações de Antônio Lopes. O técnico disse que não tinha responsabilidade sobre o descenso, mesmo após 18 jogos no comando.
A crítica de membros da diretoria ao treinador é que, “se o time tivesse se salvado, ele ficaria como herói”. E agora “não poderia se isentar de culpa porque teve tempo suficiente para a recuperação”.
Independentemente de quem ganhar a eleição no Atlético – dia 18 –, a tendência é que Lopes, agora sem contrato, não siga no cargo. No máximo seria convidado para a coordenação técnica.