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6 de dezembro de 2011

Dupla Atletiba vira motivo de piada nas redes sociais.



A ressaca pós-Atletiba foi acompanhada de bom-humor por parte da torcida do Atlético e do Coritiba. As provocações, iniciadas ainda na Arena, no domingo (04), movimentaram as redes sociais após o clássico.
Piadas, fotos e montagens exploraram o resultado do duelo, que sacramentou a queda do Rubro-Negro para a Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro e a perda da vaga do Coxa na Libertadores .
A rivalidade não perdoou o duplo tropeço Alviverde em 2011 na busca de uma vaga no torneio continental 2011 - o time já havia batido na trave na classificação com o vice na Copa do Brasil. Os atleticanos também comparam a postura da torcida no rebaixamento de domingo, com a quebradeira promovida no Estádio Couto Pereira pelo rival quando caiu em 2009.
A resposta dos coxas-brancas foi lembrar do Paratiba, o clássico que restou na Série B em 2012, sugeriu um “novo” modelo de camisa para o tradicional oponente e houve até agradecimento a Papai Noel pelo “presente” de natal antecipado.

Silêncio na segunda

Diretoria atleticana se cala no primeiro dia após a confirmação da queda do clube à Série B. Declarações de técnico no domingo pegaram mal
O primeiro dia após a queda do Atlético para a Segunda Divisão foi de silêncio por parte da diretoria rubro-negra. Todas as explicações ficaram para o final desta semana ou o começo da próxima, quando o presidente Marcos Malucelli fará um balanço da temporada.
Segundo pessoas próximas, o mandatário – que chegou a passar mal após a derrota para o Amé­­rica-MG, em Uberlândia, uma semana antes – no domingo estava conformado com a degola. Afi­nal, o Furacão dependia de uma combinação de resultados para escapar da Segundona. O lamento ainda recai na derrota para o Coelho, considerado o jogo-chave na derrocada.
Durante a segunda-feira, o triunfo no Atletiba acabou sendo um leve analgésico diante da de­­cep­­ção com o rebaixamento.
Já o diretor de futebol Alfredo Ibiapiana, suspenso pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por invadir o gramado no jogo contra o Palmeiras, não pode dar entrevistas. Mas, após cumprir metade da pena de 140 dias, o empresário fez um pedido à corte para que o restante da pena seja convertida em ações sociais, como distribuição de cestas básicas.
Entre os jogadores também poucas palavras de alento à torcida. A maioria nem sequer falou.
Na prática, alguns profissionais deram baixa no Furacão – pois os contratos se encerram no fim do mês (dez, no total). É o caso de cinco que atuaram no clássico: Wagner Diniz, Fabrício, Marcelo Oliveira, Cléber Santana e Wendel. Com­pletam a lista: o goleiro Márcio, o volante Paulo Roberto, o meia Kleberson e os atacantes Rodri­guinho e Adaílton.
“Se depender de mim e tiver uma conversa, posso ficar para o ano que vem”, disse o zagueiro Fabrício, no aeroporto, à RPC TV.
Sem o pronunciamento dos dirigentes, restaram as polêmicas. Uma que gerou insatisfação nos bastidores foram as declarações de Antônio Lopes. O técnico disse que não tinha responsabilidade sobre o descenso, mesmo após 18 jogos no comando.
A crítica de membros da diretoria ao treinador é que, “se o time tivesse se salvado, ele ficaria como herói”. E agora “não poderia se isentar de culpa porque teve tempo suficiente para a recuperação”.
Independentemente de quem ganhar a eleição no Atlé­­tico – dia 18 –, a tendência é que Lopes, agora sem contrato, não siga no cargo. No máximo seria convidado para a coordenação técnica.

Richa admite inchaço de comissionados e falhas na segurança

O governador Beto Richa (PSDB) apresentou ontem o balanço de seu primeiro ano de gestão, admitindo que não atingiu algumas das metas de governo, principalmente na segurança pública. Richa reconheceu também que ampliou o número de funcionários comissionados, sem vínculo com o estado, ao contrário do que havia prometido durante a campanha eleitoral. Mas ele responsabilizou as gestões anteriores, mais uma vez, por essa inoperância. No geral, ele autoavaliou sua gestão como “positiva, com resultados relevantes em todas as áreas”.
“Em que pesem as dificuldades financeiras, a reduzida capacidade de investimento e a desorganização da estrutura administrativa conseguimos resultados. Mas o primeiro ano nunca é fácil, tem que botar a casa em ordem”, declarou Richa, em coletiva à imprensa. Entre as frustrações, Richa destacou a situação da segurança pública do estado. “É difícil mudar uma realidade dura destas da noite para o dia”, lamentou.
O governador projetou um cenário melhor para 2012, com aumento de investimentos na área. Parte disso será proveniente da alta de até 271% nas taxas do Detran, aprovada a toque de caixa pela Assembleia no mês passado. A oposição vem questionando o governo, por considerar que o acréscimo de recursos para a área representará apenas uma pequena parte da arrecadação do Detran.
Richa também reconheceu que aumentou o número de cargos comissionados. Apenas com a readequação da estrutura de quatro secretarias e da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) o tucano criou cerca de 300 cargos de livre nomeação, sem concurso. “Não era o que eu achava ideal, mas acima disso a preocupação é com uma gestão pública de qualidade.” Segundo o governador, o estado está “do tamanho suficiente para promover as alterações que julgo fundamentais”. Neste período, os servidores comissionados receberam dois aumentos.
Em julho, ganharam reajuste no mesmo porcentual concedido ao funcionalismo: 6,5%. Em outubro, um segundo aumento mais expressivo, com índices que variam de 63% a 128%. O impacto na folha de pagamento foi de um acréscimo de R$ 7 milhões.
O governador afirmou que as contratações e os aumentos eram necessários. “Um governo não vive só de boas notícias. Às vezes precisamos tomar medidas amargas, mas que são necessárias para produzir os resultados esperados.”
Economia
De acordo com o governador, a meta de economia nos gastos de custeio foi superada. Ele fez um pacto para os secretários reduzirem as despesas em 15%, e a redução chegou a 19,4% em média por secretaria. Isso equivaleu a uma redução de R$ 70 milhões nos gastos do Poder Executivo.
Como os dois grandes méritos de sua gestão, o governador apontou a capacidade de diálogo com a classe política e na busca de investimentos privados para o estado. “Estabilidade política e segurança jurídica, algo que não acontecia antes. Empresários diziam que não queriam passar nem de avião por cima do Paraná, pois tinham receio do governo.”