Ônibus fica mais caro em Curitiba e região nesta segunda-feira
Novos valores são válidos para as linhas da Rede Integrada de Transporte e metropolitanos. Taxa do ferry-boat também subiu neste domingo.
A partir de segunda-feira (5), quem utiliza o transporte público em Curitiba e região metropolitana vai ter de desembolsar mais dinheiro para comprar uma passagem. Isso ocorre porque foram reajustadas as tarifas dos ônibus que compõem as linhas da Rede Integrada de Transporte (RIT) e metropolitanos. As linhas da RIT passam de R$ 2,50 para R$ 2,60. O reajuste é consequência do aumento salarial dos motoristas e cobradores e da revisão anual prevista em contrato. Aos domingos, a passagem continua custando R$ 1, valor que é mantido desde 2005. A linha Circular Centro passa de R$ 1,50 para R$ 1,60 e a Linha Turismo sobe de R$ 25 para R$ 27.
O reajuste de 4% está um pouco abaixo da inflação nos últimos 12 meses, que é de 5,63%, considerando o INPC de janeiro Já a tarifa técnica, que leva em conta o custo por quilometragem do sistema e o número de passageiros atendidos, saltou de R$ 2,56 para quase R$ 2,79.
Metropolitanos
As passagens dos ônibus metropolitanos na região de Curitiba também subiram. Os novos valores variam de R$ 2,50 a R$ 3,60, variando de acordo com a linha e a empresa operadora. A linha Executivo/Aeroporto passa a custar R$ 10. As informações são da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), órgão do Governo do Paraná.
Em São José dos Pinhais, as tarifas também têm alteração, com base no reajuste autorizado pela Comec. A tarifa passará a custar R$ 2,40 aos usuários do Cartão VEM, que tem desconto. Para quem não dispõe do cartão, a tarifa será de R$ 2,50. O Ônibus Centro e a integração do Terminal Integrado do São Marcos para o Centro permanecem com as tarifas em R$ 1 e R$ 0,60, respectivamente. A passagem do Terminal Integrado do São Marcos vai para R$ 1,80.
Passagem de ônibus na capital vai ser de R$ 2,60
Aumento passa a valer a partir de segunda-feira. Tarifa técnica já está em R$ 2,80, mas diferença no valor é subsidiada pelo executivo.
Quem precisa do transporte coletivo de Curitiba e região metropolitana vai ter de pagar mais caro pela passagem a partir de segunda-feira (5). A tarifa de R$ 2,50 passa a ser de R$ 2,60 para as linhas que compõem a Rede Integrada de Transporte (RIT). O reajuste é consequência do aumento salarial dos motoristas e cobradores e da revisão anual prevista em contrato.
Aos domingos, a tarifa continua custando R$ 1, valor que é mantido desde 2005. Já a Linha Turismo, passa a custar R$ 27, ante os R$ 25 que eram cobrados, e a linha Circular Centro passa de R$ 1,50 para R$ 1,60.
O reajuste de 4% está um pouco abaixo da inflação no período, que é de 5,63%, considerando o INPC de janeiro. Entretanto, considerando a série histórica, o custo do ônibus subiu 58% acima da inflação desde o início do Plano Real, em 1994, de acordo com dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Já a tarifa técnica, que leva em conta o custo por quilometragem do sistema e o número de passageiros atendidos, saltou de R$ 2,56 para quase R$ 2,79. De acordo com o diretor de transportes da Urbs, Antônio Carlos Pereira de Araújo, esse reajuste foi o mínimo possível, considerando o aumento nos vencimentos de motoristas e cobradores.
Para Sandro Silva, economista do Dieese, a discussão sobre o aumento da tarifa não pode se renstrigir ao valor do reajuste. "Precisa haver uma revisão da metodologia de cálculo e uma atualização dos coeficientes técnicos de consumo, porque o que ocorre é que não há uma padronização de procedimento de atualização desses valores", questiona.
Passageiros
Além das tarifas, a Urbs divulgou também novos dados sobre a RIT. Alguns números preocupam: houve uma leve queda no número de passageiros transportados pela rede, de 25,8 milhões para 25,7 milhões por mês.
Esse número parece pequeno, mas se considerarmos que o número de habitantes em Curitiba cresceu no período, reflete uma estagnação no número de passageiros.
Silva questiona essa redução do número de passageiros pagantes. "Houve integração do sistema, aumento da quilometragem rodada e o número de usuários diminuiu. Tudo isso acaba tendo impacto na tarifa", avalia.
Esse processo deve ser revertido para evitar um rombo nas contas da Urbs. A atual diferença de quase R$ 0,19 entre a tarifa técnica e a passagem significaria uma diferença de R$ 58,8 milhões entre o que a Urbs arrecada com passagens e o que ela repassa para as concessionárias.
Inicialmente, essa diferença seria coberta no próprio fluxo de caixa da Urbs, especialmente através da venda de passagens antecipadas, explica Araújo.
Entretanto, o diretor acredita que, com o passar do ano, o número de passageiros no sistema deve subir, já que a passagem, apesar de mais cara, pesará menos no bolso do trabalhador – uma vez que os salários tendem a acompanhar o valor da inflação.
Reajuste
Caso essa previsão não se confirme, a Urbs sinaliza que pode pedir recursos da prefeitura e do governo do estado, respectivamente contratantes das linhas urbanas e metropolitanas. “Acho justo que o governo do estado e a prefeitura aloquem recursos”, opina Araújo, alegando os impactos positivos de uma tarifa mais barata para toda a população da capital e da região metropolitana – incluindo, por exemplo, a redução da inflação.
Esse aumento já era esperado. Após uma paralisação total dos motoristas e cobradores de ônibus com dois dias de duração, a Urbs autorizou um aumento de 10,5% nos rendimentos da categoria, além de um aumento de 92% no vale-refeição.
No total, os custos das empresas de ônibus com a mão-de-obra ativa subiu cerca de 20%. Apesar de inúmeras negativas por parte da Urbs e da prefeitura, esse aumento vai ser repassado ao usuário.
Segundo dados da Urbs, o custo com mão-de-obra significava cerca de 45% do valor da tarifa técnica, que serve como parâmetro para o estabelecimento do preço da passagem. Cálculos do Dieese indicam que, se considerado apenas o reajuste salarial de cobradores e motoristas, que foi de 10,5%, o impacto na tarifa seria de R$ 0,11. Logicamente, um reajuste considerável nos salários dos motoristas e cobradores teve um forte impacto nesse indicador. Isso não significa, entretanto, que esse custo teria de ser repassado integralmente ao usuário.
Subsídio
A tarifa técnica é o valor que a Urbs repassa às empresas de ônibus. Grosso modo, para cada passageiro pagante que entra em um ônibus, a Urbs repassa esse valor à empresa responsável. Portanto, uma das maneiras de manter o caixa da Urbs equilibrado é aproximando esses dois valores.
Entretanto, outras possibilidades chegaram a ser ventiladas nos dias que sucederam o aumento dos motoristas. Uma delas seria a revisão do cálculo da tarifa para os ônibus metropolitanos, que são mais custosos do que os que circulam apenas no município de Curitiba. O governo do estado poderia bancar do próprio erário a diferença de custo entre as linhas urbanas e metropolitanas, evitando um aumento e mantendo as contas da Urbs equilibradas. A ideia, entretanto, não prosperou.
Segundo o governo do estado, existe um grupo de estudos formado para discutir maneiras de tornar o transporte coletivo mais barato nas grandes cidades do Paraná, mas os estudos ainda estão acontecendo e nenhuma ideia ainda está desenvolvida o suficiente para ser apresentada. Além disso, não houve qualquer negociação com as prefeituras envolvidas.
Aos domingos, a tarifa continua custando R$ 1, valor que é mantido desde 2005. Já a Linha Turismo, passa a custar R$ 27, ante os R$ 25 que eram cobrados, e a linha Circular Centro passa de R$ 1,50 para R$ 1,60.
O reajuste de 4% está um pouco abaixo da inflação no período, que é de 5,63%, considerando o INPC de janeiro. Entretanto, considerando a série histórica, o custo do ônibus subiu 58% acima da inflação desde o início do Plano Real, em 1994, de acordo com dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Já a tarifa técnica, que leva em conta o custo por quilometragem do sistema e o número de passageiros atendidos, saltou de R$ 2,56 para quase R$ 2,79. De acordo com o diretor de transportes da Urbs, Antônio Carlos Pereira de Araújo, esse reajuste foi o mínimo possível, considerando o aumento nos vencimentos de motoristas e cobradores.
Para Sandro Silva, economista do Dieese, a discussão sobre o aumento da tarifa não pode se renstrigir ao valor do reajuste. "Precisa haver uma revisão da metodologia de cálculo e uma atualização dos coeficientes técnicos de consumo, porque o que ocorre é que não há uma padronização de procedimento de atualização desses valores", questiona.
Passageiros
Além das tarifas, a Urbs divulgou também novos dados sobre a RIT. Alguns números preocupam: houve uma leve queda no número de passageiros transportados pela rede, de 25,8 milhões para 25,7 milhões por mês.
Esse número parece pequeno, mas se considerarmos que o número de habitantes em Curitiba cresceu no período, reflete uma estagnação no número de passageiros.
Silva questiona essa redução do número de passageiros pagantes. "Houve integração do sistema, aumento da quilometragem rodada e o número de usuários diminuiu. Tudo isso acaba tendo impacto na tarifa", avalia.
Esse processo deve ser revertido para evitar um rombo nas contas da Urbs. A atual diferença de quase R$ 0,19 entre a tarifa técnica e a passagem significaria uma diferença de R$ 58,8 milhões entre o que a Urbs arrecada com passagens e o que ela repassa para as concessionárias.
Inicialmente, essa diferença seria coberta no próprio fluxo de caixa da Urbs, especialmente através da venda de passagens antecipadas, explica Araújo.
Entretanto, o diretor acredita que, com o passar do ano, o número de passageiros no sistema deve subir, já que a passagem, apesar de mais cara, pesará menos no bolso do trabalhador – uma vez que os salários tendem a acompanhar o valor da inflação.
Reajuste
Caso essa previsão não se confirme, a Urbs sinaliza que pode pedir recursos da prefeitura e do governo do estado, respectivamente contratantes das linhas urbanas e metropolitanas. “Acho justo que o governo do estado e a prefeitura aloquem recursos”, opina Araújo, alegando os impactos positivos de uma tarifa mais barata para toda a população da capital e da região metropolitana – incluindo, por exemplo, a redução da inflação.
Esse aumento já era esperado. Após uma paralisação total dos motoristas e cobradores de ônibus com dois dias de duração, a Urbs autorizou um aumento de 10,5% nos rendimentos da categoria, além de um aumento de 92% no vale-refeição.
No total, os custos das empresas de ônibus com a mão-de-obra ativa subiu cerca de 20%. Apesar de inúmeras negativas por parte da Urbs e da prefeitura, esse aumento vai ser repassado ao usuário.
Segundo dados da Urbs, o custo com mão-de-obra significava cerca de 45% do valor da tarifa técnica, que serve como parâmetro para o estabelecimento do preço da passagem. Cálculos do Dieese indicam que, se considerado apenas o reajuste salarial de cobradores e motoristas, que foi de 10,5%, o impacto na tarifa seria de R$ 0,11. Logicamente, um reajuste considerável nos salários dos motoristas e cobradores teve um forte impacto nesse indicador. Isso não significa, entretanto, que esse custo teria de ser repassado integralmente ao usuário.
Subsídio
A tarifa técnica é o valor que a Urbs repassa às empresas de ônibus. Grosso modo, para cada passageiro pagante que entra em um ônibus, a Urbs repassa esse valor à empresa responsável. Portanto, uma das maneiras de manter o caixa da Urbs equilibrado é aproximando esses dois valores.
Entretanto, outras possibilidades chegaram a ser ventiladas nos dias que sucederam o aumento dos motoristas. Uma delas seria a revisão do cálculo da tarifa para os ônibus metropolitanos, que são mais custosos do que os que circulam apenas no município de Curitiba. O governo do estado poderia bancar do próprio erário a diferença de custo entre as linhas urbanas e metropolitanas, evitando um aumento e mantendo as contas da Urbs equilibradas. A ideia, entretanto, não prosperou.
Segundo o governo do estado, existe um grupo de estudos formado para discutir maneiras de tornar o transporte coletivo mais barato nas grandes cidades do Paraná, mas os estudos ainda estão acontecendo e nenhuma ideia ainda está desenvolvida o suficiente para ser apresentada. Além disso, não houve qualquer negociação com as prefeituras envolvidas.