Pesquisar no blog

11 de dezembro de 2011

A insatisfação com a classe política é geral.

               Vestidos de fantasmas, manifestantes protestam contra corrupção

Em ato simbólico, um grupo lavou a entrada da Câmara de Vereadores

Um grupo de manifestantes lavou a entrada do prédio da Câmara de Vereadores de Cascavel na manhã deste sábado. O protesto
é contra as suspeitas de corrupção envolvendo vereadores que são investigados pelo Ministério Público (MP). Na terça-feira (6), uma operação
do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu mandados de busca e apreensão nas residências de três vereadores.


O grupo, que organizou o protesto deste sábado, diz não ter ligação com a política local e se declara indignado com as suspeitas de corrupção. O autônomo Afonso Tomazi, defendeu o afastamento dos vereadores investigados até a conclusão do processo. O MP já pediu à Justiça o afastamento dos vereadores Júlio Cesar Leme da Silva (PMDB), Mario Seibert (PTC) e Airton Camargo (PR). Eles são suspeitos de manter em seus gabinetes funcionários fantasmas e receber parte dos salários dos assessores.

O vendedor Dilson Penteado, um dos líderes da manifestação, defendeu o afastamento também do presidente do Legislativo, Marcos Sotille Damasceno. Para ele, além das suspeitas de corrupção dos vereadores o Legislativo é omisso nas denúncias recentes de superfaturamento na compra de merenda escolar e uniforme para estudantes da rede municipal de ensino. “Estamos mostrando nossa insatisfação, não vamos dizer amém para tudo o que acontece,nem ficar de braços cruzados”, afirma.

O MP abriu um inquérito para cada um dos 15 vereadores que compõem a Câmara Municipal de Cascavel. Julio Cesar Leme da Silva é o único que tem dois processos de investigação. O MP divulgou nota afirmando que contra Silva, Seibert e Camargo “há fortes indícios” de estarem envolvido no esquema de corrupção.

Curitiba precisa de mais segurança pública, violência continua.

Três pessoas são baleadas no bairro Fazendinha; uma morreu na hora

Crime ocorreu na Rua Aristides Borsato, por volta das 3 horas, de acordo com a Polícia Militar

Três pessoas foram baleadas no bairro Fazendinha, em Curitiba, na noite de sexta-feira (9). Um rapaz, de 27 anos, morreu na hora. As outras duas vítimas foram encaminhadas para hospitais de Curitiba. O crime ocorreu na Rua Aristides Borsato, por volta das 3 horas, de acordo com a Polícia Militar (PM).
A PM não soube informar o motivo do crime e nem quem atirou contra as três vítimas. Ninguém foi preso. Informações extraoficiais dão conta de que se tratava de uma briga entre gangues.
A Delegacia de Homicídios não confirmou o fato e afirmou que investiga o caso.

Curitiba: jovem morre baleada no bairro CIC e outra é levada para hospital

Crime ocorreu na Rua dos Palmenses, por volta das 15h50
Duas pessoas foram baleadas no bairro Cidade Industrial, em Curitiba, na tarde deste sábado (10). Uma jovem, de 18 anos, morreu no local. A outra vítima foi socorrida e levada para o Hospital Evangélico, de acordo com a Polícia Militar. O crime ocorreu na Rua dos Palmenses, por volta das 15h50.
De acordo com informações da Delegacia de Homicídios (DH), uma adolescente foi baleada e encaminhada para o hospital. Ela estava sem documentos e não foi identificada.
As duas vítimas não são moradoras da região, segundo a DH. O boletim de ocorrência ainda não havia sido finalizado por volta das 19 horas.
A DH informou que investiga o caso e que ainda não tinha pistas sobre o motivo do crime.
A reportagem tentou entrar em contato com a assessoria de imprensa do Hospital Evangélico, mas não tinha obtido sucesso até as 19h15.

Manifestantes pedem mais respeito no trânsito em Curitiba

Amigos e familiares de duas vítimas de atropelamento fazem protesto na Nicola Pellanda

Quase um mês após a morte de dois jovens, famílias e amigos se reuniram para pedir mais respeito dos motoristas e providências das autoridades em uma manifestação na manhã deste sábado (10) na Rua Nicola Pellanda, bairro Pinheirinho, em Curitiba. O protesto não bloqueou o trânsito.
Jennifer de Melo de Brito, de 12 anos, e Robson Luiz Silva, de 27 anos, tinham um plano simples para a noite do feriado do dia 15 de novembro deste ano: jantar em casa com os amigos. Por volta das 20 horas, os dois saíram de moto para buscar uma pizza, mas a programação foi interrompida na rua Nicola Pellanda, perto da esquina com a Rua Eduardo Pinto da Rocha, no bairro Pinheirinho.
De acordo com testemunhas, um carro branco que vinha em alta velocidade e na contramão atropelou a moto. Além de não parar para prestar socorro, o motorista ainda acelerou e arrastou o corpo de Robson por quase 50 metros de asfalto. Os dois morreram e o motorista fugiu.
Neste sábado (10), Jennifer estaria completando 13 anos de idade. Ela planejava começar o cursinho e Robson pretendia abrir uma empresa de calhas. Familiares e amigos fizeram uma homenagem em forma de manifestação no local do acidente. “A gente pede por justiça, mais de três testemunhas viram que o motorista do carro estava na contramão e em alta velocidade e até agora ele está livre”, diz Fernanda de Melo, irmã de Jennifer. “Meu sentimento é de revolta, o motorista viu o que fez e não prestou socorro. Eu não como, não durmo, não faço mais nada desde que perdi minha filha, não vou descansar enquanto não houver justiça”, diz Roseli Ferreira de Melo, mãe de Jennifer.
Travessia arriscada
Os manifestantes pediram ainda por providências por parte da administração pública, pois o local é perigoso. “É preciso mais respeito no trânsito, mas também dispositivos para diminuir a velocidade em cruzamentos e, principalmente, fiscalização das autoridades”, diz Terezinha Jesus Silva, mãe de Robson.
Durante a manifestação, o perigo do trânsito no local ficou evidente. A equipe de reportagem da Gazeta do Povo levou mais de 20 minutos para conseguir atravessar a Rua, sem faixa de pedestres por perto. E quem mora por lá, enfrenta o problema todos os dias. “Já fiquei mais de 40 minutos esperando para atravessar a rua e cheguei a pedir carona para chegar ao outro lado”, diz a aposentada Maria da Conceição Lucas.
A dona de casa Adriana de Moraes também é moradora e vítima da falta de segurança do local. “Meu marido já atropelou um motoqueiro, por falta de visibilidade na rua, mas nós pagamos todo o tratamento do rapaz”, lembra. Adriana passou pelo local no dia do acidente de Jennifer e Robson e ficou chocada com o que viu. “Eles estavam caídos longe da moto, dava para ver que foi algo violento e só o Siate estava presente. O motorista já tinha fugido. Conseguiram reconhecer o carro, pois algumas partes da lataria ficaram por ali”.
Justiça
Os familiares e amigos de Jennifer e Robson procuraram pelo Instituto Paz no Trânsito, para lutar por justiça. A ONG foi fundada em 2010, por Gilmar e Christiane Yared, que perderam seu filho, Gilmar Rafael Yared em um acidente envolvendo o ex-deputado estadual Fernando Ribas Carli Filho.
Juntos, o Instituto Paz no Trânsito e as famílias das vítimas pretendem fazer uma manifestação na rua Nicola Pellanda no dia 15 de janeiro.

O eleitor está insatisfeito e de olho no seu vereador. Veja..........

Paraná desaprova vereadores.

Pesquisa revela que 66% dos paranaenses estão insatisfeitos com o trabalho dos parlamentares municipais e que não se sentem representados por eles
A maioria dos paranaenses está insatisfeita com os vereadores de sua cidade e com as leis propostas por eles. Os legislativos municipais também deixam a desejar na fiscalização dos gastos das prefeituras. O resultado disso é que os cidadãos não se sentem bem representados. Esse cenário, que coincide com um ano cheio de denúncias contra vereadores de Curitiba e do interior, consta de um levantamento exclusivo feito pelo Instituto Paraná Pesquisas para a Gazeta do Povo.

Um dos principais problemas que levam ao descrédito das câmaras municipais, segundo especialistas, é a submissão ao prefeito local. Além disso, o custo das câmaras e a baixa produtividade também causam descontentamento.

Para 54% dos paranaenses, as leis municipais – que versam sobre temas locais como transporte coletivo, coleta de lixo e manutenção de vias públicas, entre outras – são insatisfatórias. Um porcentual ainda maior (71%) diz que os gastos da prefeitura não são fiscalizados pelos vereadores como se deveria. E 66% dos paranaenses dizem que, de uma maneira geral, não estão satisfeitos com o trabalho do Legislativo.
Os números são ainda mais negativos se for considerado apenas a Mesorregião Metropolitana de Curitiba, que engloba também todo o Litoral. Nos municípios dessa região, 69% dizem que não estão satisfeitos com os vereadores. Na capital, a Câmara dos Vereadores atravessa um dos momentos mais difíceis da sua história, que teve início com denúncias de irregularidades cometidas pelo presidente João Cláudio Derosso (PSDB) nos contratos de publicidade da Casa. No mês passado, após o MP ingressar na Justiça com uma ação judicial, ele decidiu se licenciar do cargo por iniciativa própria.
“Apêndice”
Um dos principais problemas que levam ao descrédito das câmaras municipais, segundo especialistas, é a submissão ao prefeito local. “Os vereadores tratam o Legislativo como um apêndice do Executivo. Isso gera um descontentamento e um descrédito que são péssimos para a democracia, pois as câmaras são muito importantes”, avalia Emerson Cervi, cientista político da UFPR. Ele ressalta que, sem uma Câmara forte, o prefeito pode agir como quiser.
“É inacreditável que em Curitiba, por exemplo, não se consiga fazer uma CPI sobre os radares eletrônicos. Não faz sentido. Instalar uma CPI não significa que o prefeito é culpado de alguma coisa”, afirma ele. Para Cervi, os vereadores preferem se aliar ao prefeito para aparecerem nas fotos e ser reconhecidos como coautores das obras municipais. “Se não for da base, a prefeitura nem dá bola para os pedidos do Legislativo.”
A proximidade entre o vereador e a população tem uma influên­cia grande nos resultados da pesquisa, avalia François Bre­maeker, gestor da organização Observatório de Informações Municipais (OIM). “Essa boa relação dos parlamentares com o chefe do Executivo é a mesma que ocorre em nível estadual e federal. Mas a população se escandaliza mais com os vereadores, pois estão mais próximos, dá para ver, acompanhar o trabalho deles. O mesmo não ocorre com os deputados estaduais, muito menos com os deputados federais”, diz Bremaeker.
Para Moises Farah Jr., professor do mestrado de Políticas Públicas da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), a produtividade dos vereadores é, de maneira geral, muito baixa. “Mui­tos estudos mostram que mais de 85% do tempo deles é gasto em atividades de pouco retorno à sociedade, como leis para nomear ruas e homenagens. O trabalho que deveriam fazer mesmo, que é fiscalizar os gastos da cidade e propor leis relevantes, não é feito.”
Denúncias em série
Nos últimos meses o Ministério Público Estadual (MP) tomou uma série de medidas para investigar irregularidades cometidas por vereadores. Relembre alguns dos casos:
Curitiba
Em novembro, o MP propôs uma ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra o presidente licenciado da Câmara de Curitiba, João Cláudio Derosso (PSDB). A investigação mostra que houve licitação e contratação irregulares de uma agência de publicidade que era de propriedade da mulher de Derosso, Cláudia Queiroz Guedes. Na época, eles não tinham relacionamento, mas ela era funcionária da Casa.
Guarapuava
Em outubro, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MP, prendeu em flagrante o vereador Ademir Strechar, presidente da Câmara local. Ele estava se apropriando de parte dos salários de seus assessores. Ele foi preso no mo­mento em que recebia dinheiro de um dos servidores. A Justiça suspendeu o pagamento de salários de três pessoas que seriam funcionários fantasmas. Strechar foi solto sexta-feira.
Maringá
No início de outubro, o MP apresentou denúncia criminal contra os vereadores João Alves Corrêa, presidente da Câmara Municipal, e Wellington Andrade Freitas, além do secretário municipal de Obras Públicas, Walter José Progiante. Segundo o MP, os três exigiram vantagens de um empresário para liberar a instalação de um posto de combustíveis na cidade.
Colombo
O Gaeco prendeu em flagrante, em agosto, o vereador Joaquim Gonçalves de Oliveira (PTB), conhecido por Oliveira da Ambulância. Segundo o MP, ele se apropriava de parte dos salários de três dos seus assessores. Os valores rendiam cerca de R$ 9 mil ao vereador, segundo a denúncia.
Fonte: Ministério Público Estadual
Veja nesta tabela a situação de cada um dos 399 municípios do Paraná. Os valores foram informados pelas próprias câmaras municipais ao Tribunal de Contas do Estado (TC) e devem vigorar até o fim de 2012, pois o aumento de salário só é permitido para a legislatura seguinte.


* * * * *
Interatividade
E você, está satisfeito com os vereadores de sua cidade? Por quê?