A ideia pode parecer plausível, mas deve enfrentar problemas de constitucionalidade. Ao analisar a Ficha Limpa para as eleições, a maioria dos ministros do STF entendeu que a inelegibilidade não pode ser considerada como uma pena, mas apenas como um requisito para participar das eleições. Ou seja, a lei não fere o princípio da presunção de inocência.
Já o impedimento de uma contratação, como diz a PEC, poderia exigir uma nova interpretação dos ministros - apesar de seguir a mesma lógica da Ficha Limpa. E, pensando bem, não deveria ser mais do que básico um governante não dar emprego a fichas sujas?
No fundo, o melhor remédio para esse tipo de situação não está em uma lei, mas em um voto mais decente.