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12 de janeiro de 2012

Disputa à prefeitura de Curitiba tem 14 nomes...........Começa a esquentar.

A nove meses da eleição municipal, já há 14 pré-candidatos que pretendem concorrer à prefeitura de Curitiba. Além dos oito apresentados na série de entrevistas da Gazeta do Povo encerrada ontem, manifestaram a intenção de disputar o Palácio 29 de Março o prefeito Luciano Ducci (PSB), o vereador Paulo Salamuni (PV), a ex-deputada federal Dra. Clair (PV), e os advogados Luiz Felipe Bergmann (PSol), Bruno Meirinho (PSol) e Avanilson Araújo (PSTU).
PV tem 2 pré-candidatos, mas não descarta aliança
Caroline Olinda
O Partido Verde (PV) deverá definir no dia 24 o nome do seu pré-candidato à prefeitura de Curitiba. A escolha está entre dois nomes: o vereador Paulo Salamuni e a ex-deputada federal Dra. Clair. O deputado Roberto Accioli, que também era cotado para estar na disputa, afirma que ainda não se sente preparado para ser prefeito de Curitiba e por isso não concorrerá. “Os dois [Dra. Clair e Salamuni] colocaram seus nomes para o partido, mas ainda não batemos o martelo. Eles são hoje os nossos ‘pré-pré-candidatos’”, diz a presidente do diretório estadual do partido, a deputada federal Rosane Ferreira.
Embora já esteja definida a intenção de o partido ter uma pré-candidatura, o PV não descarta a possibilidade de fazer aliança, mesmo que isso signifique abrir mão de ser cabeça de chapa na eleição. Segundo Rosane, há possibilidades de aliança com o deputado Ratinho Júnior (PSC), com Gustavo Fruet (PDT) ou com o próprio prefeito Luciano Ducci (PSB).
Embora destaque que a regra do PV nas eleições tem sido lançar candidatura própria, Sala­mu­ni admite a possibilidade de alianças. Ele ressalta, porém, que neste caso o partido deveria ficar com, pelo menos, a vice na chapa majoritária. Já a ex-deputada federal Dra. Clair aposta na tese da candidatura própria. “Quero entrar na disputa. Primeiro: porque sou mulher e acredito que é a hora e a vez das mulheres. Segundo: tenho uma história com Curitiba. Participei das lutas e conquistas da cidade e me sinto preparada”, diz.
A ex-deputada destaca o desejo de fazer um planejamento da cidade junto com toda a população, buscando políticas para solucionar problemas como a insegurança e para preparar os jovens, com ensino integral e capacitação profissional. Sala­muni também trabalha na linha da gestão participativa. Das mudanças que promoveria na cidade, a principal seria uma reaproximação da administração com a sociedade. “Isso é irrevogável”, afirma.
PSol e PSTU estudam formar coligação
O PSol e o PSTU estudam a formação de uma frente de esquerda para a disputa eleitoral deste ano. De acordo com o secretário de comunicação do diretório esta­dual do PSol, Luiz Felipe Berg­mann, além da eleição em Curi­tiba, há a possibilidade de os dois partidos estarem juntos em ou­­tras grandes cidades paranaenses.
“O PSTU realizará uma conferência estadual em março e vamos tentar construir essa frente de esquerda até lá”, conta Avanilson Araújo, pré-candidato do PSTU à prefeitura de Curitiba. O advogado, que concorreu ao governo do estado na eleição de 2010, se mudou de Maringá para Curitiba no ano passado. “Acha­­mos importante a vinda para Curitiba para estruturar o partido no estado”, explica Avanilson.
Já o PSol trabalha com dois nomes para disputar a prefeitura de Curitiba: Bruno Meirinho e o próprio Bergmann. A definição deve sair em abril. Bergmann concorreu em 2010 ao governo do estado e Meirinho, em 2008, à prefeitura de Curitiba.
De acordo com Meirinho, o partido não estabeleceu nenhuma pré-condição para fechar uma aliança com PSTU. “A nossa intenção é fazer a frente de esquerda. Inclusive, em 2008, Curitiba foi a única capital do Sul e do Sudeste que teve essa frente.”
A principal mudança que Meirinho gostaria de fazer na cidade seria torná-la menos desigual. Já Bergmann destaca o desejo de tornar a cidade acessível a todos os cidadãos “com serviços públicos, transporte, creches e saneamento de qualidade”. Avanilson segue um discursos parecido. Ele quer “governar para a classe trabalhadora”.
Prefeito não quis dar entrevista
O prefeito Luciano Ducci (PSB), pré-candidato à reeleição, preferiu não participar da série de entrevistas feitas pela Gazeta do Povo com os pré-candidatos. De acordo com a assessoria de imprensa de Ducci, ele não se sente a vontade em se colocar atualmente como pré-candidato, uma vez que é prefeito e o período da campanha eleitoral ainda não começou.

Confira quem são os atuais pré-candidatos à prefeitura de Curitiba. Há partidos com mais de um pretendente:
PDT - Gustavo Fruet, ex-deputado federal.
PMDB - Rafael Greca, ex-prefeito de Curitiba, ex-ministro, ex-deputado estadual e ex-secretário de Estado.
PPS - Renata Bueno, vereadora.
PSB - Luciano Ducci, prefeito.
PSC - Ratinho Júnior, deputado federal.
PSol - Bruno Meirinho, advogado. Nunca exerceu cargo político.
- Luiz Felipe Bergmann, advogado e servidor público. Nunca exerceu cargo político.
PSTU - Avanilson Araújo, advogado. Nunca exerceu cargo político.
PT - Angelo Vanhoni, deputado federal
- Dr. Rosinha, deputado federal
- Tadeu Veneri, deputado estadual
PTB - Fábio Camargo, deputado estadual.
PV - Dra. Clair, ex-deputada federal.
- Paulo Salamuni, vereador.
Esclarecimento
Nota da Redação
A Gazeta do Povo encerrou ontem a série de entrevistas com oito pré-candidatos à prefeitura de Curitiba. Após o início da publicação, outros pretendentes ao cargo de prefeito tornaram público o lançamento de seus nomes à disputa. A Gazeta optou por não pautar entrevistas com eles no mesmo formato, de perguntas e respostas. No entender do jornal, a publicação seria injusta com os oito, pois todos eles foram ouvidos em dezembro, antes do início da publicação da série, sem ter conhecimento prévio do roteiro de perguntas. Os demais, portanto, teriam a vantagem de poder preparar respostas com antecedência caso fossem ouvidos posteriormente ao início da série.
A Gazeta esclarece ainda que, no mês passado, procurou outros nomes cujas candidaturas são motivo de especulação pública. Quem não admitiu ser pré-candidato não foi entrevistado. Já o prefeito Luciano Ducci, também procurado, não quis falar sobre eleição (leia as justificativas no texto abaixo). As pré-candidaturas dos demais que constam desta página não eram de conhecimento da Redação, pois eles ou seus partidos não as haviam tornado públicas de forma ostensiva até o fim de dezembro.
De qualquer modo, a Gazeta entende que é importante que os leitores tenham conhecimento de todos os pré-candidatos à prefeitura de Curitiba. Esta reportagem de hoje busca cumprir esse papel. O jornal ainda esclarece que, após a oficialização de todas as candidaturas, em junho, dará espaço a todos que queiram expor suas ideias para governar a cidade.

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