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20 de janeiro de 2012

Eleitor pode ter 2.ª chance, mesmo após TRE cumprir meta. Aproveite.

Quem perdeu o prazo, que termina hoje, deve ganhar nova oportunidade de regularizar o título. Ontem, espera para atendimento chegou a seis horas
Embora não haja confirmação do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE), o eleitor curitibano que perder o prazo de recadastramento do título eleitoral, que se encerra hoje, provavelmente terá uma segunda chance para regularizar o documento. Em Sergipe, um dos estados que passou pelo mesmo processo, foi aberta nova oportunidade. Além do prazo maior, não haverá cobrança da multa eleitoral de R$ 3,51 naquele estado. Ontem, quando Curitiba atingiu a meta de recadastrar 80% do eleitorado pelo sistema biométrico (com as digitais), a procura pelo serviço foi muito grande. O tempo de permanência na fila de espera variou de três a seis horas e ela superou um quilômetro de distância, chegando quase à Linha Verde.
Oficialmente, o TRE deve anunciar somente na próxima semana como os eleitores que não se recadastraram deverão proceder. “Isso deve ser anunciado na semana que vem. Ainda haverá período de processamento dos dados coletados no período para definir as regras na sequência”, afirma Marden Machado, responsável pela Comu­nicação da instituição.
Algumas das pessoas contratadas pelo TRE para prestar orientação ao longo das filas afirmaram ontem que, em caso da perda de prazo, o eleitor teria de pagar uma multa para regularizar, e que o valor seria determinado pelo órgão. Pela legislação eleitoral, o prazo para a transferência e regularização do título expira em 9 de maio.
Paciência
Por volta das 10h30, o TRE confirmou que a marca de 1.005.213 pessoas, o equivalente a 80% do eleitorado da capital, havia passado pela revisão eleitoral, confirmando o uso das digitais nas eleições. Con­tudo, os curitibanos que deixaram a tarefa para a última hora precisaram de paciência. “Sabe como é o brasileiro: deixa tudo para o último momento. Eu fiz o meu em cinco minutos há algum tempo, sem sofrer”, conta Luiz Felipe Guedes, de 18 anos, que vai prestar o serviço militar e acompanhava a irmã na fila ontem. Pouco antes das 17 horas, eles deixaram o TRE. “Foram quase sete horas na fila”, conta Guedes.
Ao todo, a instituição atendeu aproximadamente 15 mil pessoas ontem e tem a mesma expectativa para hoje. Todos que chegarem à fila até as 18h30 recebem senha para atendimento. Apesar do calor e da espera, o clima era de tranquilidade, embora o movimento de carros e nas estações de ônibus tenha deixado o trânsito complicado nas imediações do TRE, no bairro Parolin. Por outro lado, quem comemorou o movimento foram os ambulantes e comerciantes: quase tudo era vendido, de água à plastificação do título de eleitor.
A vendedora Sueli Mota, de 37 anos, enfrentou seis horas de fila. “Cheguei às 10h40. Quando entramos no TRE, levou mais uma hora até sermos atendidos, sem contar as quase cinco horas do lado de fora”, afirmou. “Cheguei às 14h30 e já estou há mais de duas horas aqui”, disse a missionária Geni Lizarti, de 55 anos. Chegando à esquina entre a Marechal Floriano e a João Parolin, ela esperava encerrar o compromisso às 19 horas. “Se cheguei até aqui, não vou desistir agora”, afirmou.

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