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23 de fevereiro de 2012

Vereadores aprovam lei que exige agendamento para entrega de produtos

Lei divide os horários de entrega em turnos da manhã (7h a 12h), tarde (12h a 18h) e noite (18h a 22h), que poderão ser escolhidos pelo consumidor.
O consumidor curitibano terá o direito de agendar previamente o horário de entrega de produtos e encomendas ou da realização de serviços. A Câmara Municipal de Curitiba aprovou, em votação em segundo turno, o projeto de lei que obriga as empresas a fixar data e turno para entrega domiciliar.
A lei, que segue agora para sanção do prefeito Luciano Ducci (PSB), divide os horários de entrega em turnos da manhã (7h a 12h), tarde (12h a 18h) e noite (18h a 22h), que poderão ser escolhidos a critério do consumidor.
O descumprimento das determinações sujeitará o infrator à multa de R$ 90, salvo em casos de comprovada impossibilidade, como calamidade pública, ou atividade que impeça a circulação na região de entrega. Em caso de reincidência, a multa é de R$ 250.
“Como as empresas prestadoras de serviços de entrega na maioria das vezes desrespeitam os horários pré-agendados, ou simplesmente não os estabelecem, o projeto em questão visa garantir o direito do consumidor e também disciplinar as empresas responsáveis pelos respectivos serviços”, justificou o vereador Caíque Ferrante (PRP), autor da lei.
Uma emenda ao texto possibilitará às partes agendar a entrega do produto ou serviço em horário diverso dos estabelecidos, desde que não fira convenções ou regimentos internos de condomínios.
O projeto prevê que a fiscalização e o registro das denúncias de descumprimento ficarão a cargo dos órgãos de defesa do consumidor.
Lei segue modelo paulista
A chamada Lei da Entrega vigora desde outubro de 2009 no estado de São Paulo. Lá, a multa em caso de descumprimento varia entre R$ 212,82 e R$ 3.192.300. Ainda assim, segundo levantamento da Fundação Procon de São Paulo com base em 2011, 48% das empresas descumprem a lei. Em 2009, quando a lei passou a valer, esse índice era de 65%.
Em São Paulo, as empresas criaram um artifício para driblar essa lei. As lojas, principalmente as que vendem pela internet, passaram a cobrar uma taxa adicional para fazer o agendamento da entrega com hora marcada. Em alguns estabelecimentos, essa taxa chega a R$ 85. Caso contrário, o prazo de entrega é maior, de oito dias ou mais. O Procon-SP considera essa prática abusiva.

Atlético e Coritiba, deixam escapar a chande do primeiro turno.

Empate sem gols fecha Atletiba conturbado




O 0 a 0 da Vila Capanema põe fim à partida de apenas uma torcida: míseros 6.621 rubro-negros.
O Atletiba 349, disputado ontem à noite, na Vila Capanema, foi um clássico para ser esquecido. Não teve bom senso. Não teve entendimento. Não teve um público grande. Não teve comemoração de gols (0 x 0). Não teve paz.
Tudo começou em novembro do ano passado, quando a Federação Paranaense de Futebol (FPF) publicou a tabela do Esta­­dual. Estava lá: Atlético e Coritiba agendado para uma insólita Quarta-Feira de Cinzas, à noite, sob a justificativa de que não havia outra data.
A medida tomada por Hélio Cury e Amilton Stival, presidente e vice da FPF, serviu de fundamento para outra que acabou marcando a história do confronto. Preocupado com a segurança, o Atlético sugeriu, e Coritiba e Ministério Público concordaram, que apenas uma torcida poderia comparecer.
Como mandante da partida, somente os atleticanos assistiram ao jogo – e em número bastante reduzido. Estiveram no Durival Britto 6.621 rubro-negros, 5.397 pagantes. Desde 2003, um Atletiba importante não recebia menos de 12 mil pessoas.
Os alviverdes, conforme o combinado, ficaram de fora – no segundo turno, a lógica (?) deve se inverter. Restou então, acompanhar o duelo pela televisão (paga) ou voltar aos velhos tempos de ouvido colado no radinho.
“Foi bem diferente não escutar a nossa torcida. Sentimos falta, entramos em campo pensando em cada torcedor. Mas no próximo clássico, lá no Couto Pereira, esperamos fazer a festa com eles”, declarou o zagueiro coxa-branca Emerson.
O repórter da rádio Banda B, Osmar Antônio, também não pôde entrar na praça esportiva. Mas por outro motivo. O credenciamento do profissional acabou barrado pelo Furacão, sem qualquer esclarecimento.
O Atletiba sem contrastes na arquibancada, entretanto, não evitou que vários episódios de violência fossem registrados – pelas ruas da cidade, durante toda a noite, vários delitos foram registrados pela polícia tendo como estopim a rivalidade esportiva.
Tantos foram os fatos lamentáveis que, daqui a alguns anos ninguém vai lembrar que, no gramado, a disputa foi quente. Os times dos técnicos Juan Carrasco e Marcelo Oliveira se lançaram ao ataque e criaram diversas oportunidades de gol. Mas bola na rede que é bom... nada.
Para piorar, o resultado ainda deixou a dupla refém do Cianorte. Ao final da noite, a equipe do interior bateu o Londrina em casa (2 a 0) e agora depende de si para levantar o título do primeiro turno.
“Foi um empate ruim para todo mundo. Pode nos custar o turno. Mas agora já aconteceu, não adianta lamentar”, disse o zagueiro atleticano Gustavo.


O jogo
A partida começou com os dois times presos na marcação e buscando o ataque apenas nas bolas longas, partindo da defesa para o ataque, sem participação dos jogadores de meio de campo. Aos poucos o jogo ficou mais solto, mas raras ocasiões de gol de ambos os lados. Na volta do intervalo, o Atletiba esquentou e os goleiros se tornaram protagonistas do clássico. O Atlético teve as melhores oportunidades de definir a partida, mas assim como o Coritiba, não conseguiu converter em gol – méritos de Rodolfo e Vanderlei. Chegando ao final do confronto, a aposta se tornou a bola parada. Mesmo assim, o primeiro clássico do ano terminou empatado.